Durante as férias a vida ganha ritmo diferente, um pouco mais relaxado e sem a pressão dos horários. Por isso, os primeiros dias de atividade após o período de descanso traz desgaste e desconforto para algumas pessoas.

Pessoas com deficiência intelectual também sentem a diferença na rotina e podem levar mais tempo que a maioria das pessoas para se adaptar novamente. Por que isso acontece? Pode ser consequência da própria deficiência.

É comum considerar-se que quem tem deficiência intelectual precisa de mais tempo para aprender as tarefas e compreender os fatos. Documentos como o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 e a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – CID-10 tratam do conceito e descrição da deficiência intelectual na concepção médica dessa alteração e explicam que a deficiência intelectual é uma condição que se caracteriza por limitações no funcionamento intelectual, no comportamento adaptativo e deve ter início antes dos 18 anos de idade.

Também os aspectos referentes aos apoios necessários para o desenvolvimento e funcionamento da pessoa que tem essa deficiência é considerado, ampliando a compreensão das limitações e envolvendo os aspectos ambientais no desenvolvimento da pessoa com deficiência.

Assim, a pessoa pode apresentar limitações, mas a deficiência pode ser diminuída ou agravada de acordo com as oportunidades de desenvolvimento às quais tem acesso.

A deficiência intelectual tem influência na adaptação ao ambiente, pois a pessoa precisa ter os estímulos renovados sistematicamente e, na volta das férias, as rotinas devem ser novamente explicadas e demonstradas e as regras e os “combinados” devem ser relembrados.

Com esses cuidados, a criança e qualquer pessoa com deficiência intelectual pode novamente retomar suas atividades com segurança.