A expressão “problemas de comportamento” é usada com frequência para se referir a crianças e adolescentes que apresentam comportamentos disruptivos. Há explicações médicas e explicações funcionais para esses comportamentos, sempre buscando esclarecê-los para que possam ser tratados e resolvidos.
Aspectos considerados quando um comportamento é visto como um problema são o padrão repetitivo, ou seja, há persistência e repetição dos atos praticados, e também o desrespeito e violação de regras sociais. Assim, problemas de comportamento caracterizam-se por atitudes antissociais que se mantêm e se repetem, podem aparecer na forma de agitação, destrutividade e raiva, mas podem também aparecer como timidez, dependência de outras pessoas e isolamento. Vale notar que esses comportamentos são considerados difíceis porque a pessoa não atinge as expectativas do ambiente e diversos fatores estão envolvidos nesse desencontro entre o que o ambiente exige e aquilo que a pessoa pode oferecer.
Há fatores pessoais, tais como hiperatividade, impulsividade, atenção rebaixada, dificuldade de linguagem, dificuldade de relacionamento interpessoal, falta de habilidades sociais e também fatores ambientais tanto no contexto familiar como no contexto escolar.
Comportamentos esperados ao longo do desenvolvimento nos diversos aspectos são apresentados em escalas como a Escala de Comportamento Adaptativo (ECA) ou a Escala Vineland, entre outras. Essas escalas mostram a conquista de habilidades nas áreas de Alimentação, Autocuidados, Lazer, Atividades Acadêmicas, Relacionamentos Sociais, Locomoção, Vida Prática, buscando identificar pontos fortes na adaptação social e fragilidades que podem estar presentes enquanto a pessoa se desenvolve.A intervenção para que os problemas de comportamento sejam solucionados deve envolver a própria criança ou adolescente, os familiares e os profissionais da escola.
Busca-se fortalecer na criança ou adolescente as habilidades pessoais e sociais, e também preparar pais e professores para conviver com ela. Estabelecer relacionamentos que ofereçam modelos nos quais estejam presentes as habilidades adequadas, e promover atividades que facilitem a expressão de talentos e habilidades são caminhos para a melhor convivência social